PJ PASTORAL
DA JUVENTUDE
A Pastoral da Juventude é a ação dos jovens como Igreja, unidos e organizados
a partir dos Grupos de Jovens. É a juventude evangelizando outros jovens em
comunhão com toda a Igreja.
A PJ não é apenas uma organização ou uma
estrutura como alguns ainda pensam. Na verdade, os grupos de jovens são a base
desta pastoral e é no grupo e pelo grupo que a PJ acontece.
Quando o grupo busca aprofundar e viver a fé, atuar na
comunidade, descobrir como transformar a realidade e, junto com os demais
grupos, ser evangelizador de outros jovens, já está sendo e fazendo Pastoral da
Juventude.
HISTÓRIA
A história da PJ começa em 1973,ou até antes com a Ação Católica
Especializada: JAC (Juventude Agrária Católica), JUC (Juventude Universitária
Católica), JEC (Juventude Estudantil Católica) e JOC (Juventude Operária
Católica). No
final da década de 70 e
no início dos anos 80 a Igreja vivia um período de grandes expectativas, pois
os sínodos de Medellin e Puebla trouxeram novos ares para a ação pastoral com a
opção concreta pelos pobres e pelos jovens.
Esta opção possibilitou ampliar o trabalho que vinha sendo
desenvolvido com a juventude para a construção de uma proposta mais orgânica. Assim,
a PJ inicia definindo como missão: Somos
jovens, cristãos, católicos, organizados como ação da Igreja evangelizando
outros Jovens, para que, capacitados, atuemos na própria Igreja e nos
movimentos sociais visando a transformação da sociedade em todo o Brasil.
ORGANIZAÇÃO
As
dioceses passaram então a organizar a evangelização dos jovens em pequenos
grupos (entre 12 a 25 jovens) e/ou reconhecer os já existentes. Para melhor
acompanhar a organização e formação dos jovens, iniciou-se a articulação de
encontros nacionais com o propósito de melhorar a comunicação e proporcionar o
intercâmbio e a sistematização de experiências.
Esses encontros, que depois se tornaram assembléias, foram
momentos ricos de reflexão sobre o acompanhamento dos jovens para a vida em
grupo. A partir dessas experiências, surgem os Seminários para Assessores, que
serviram como laboratório e espaços de reflexões importantes como: o Processo
de Formação na Fé, a Metodologia de Trabalho com Jovens, as Políticas Públicas
de Juventude, o Planejamento da Ação Pastoral, a Missão, e tantas outras
discussões.
ATUALMENTE
Nesta
caminhada de 22 anos, a organização da PJ esteve sempre atenta aos gritos e
necessidades das diferentes realidades juvenis e à sua forma de se organizar.
Assim, valorizou e incluiu novas experiências
de trabalho com a juventude a partir de seu meio específico:
PJ Rural, PJ Estudantil e PJ do Meio Popular. Essa realidade lhe
exigiu uma nova forma de se articular e se organizar, levando-a a reorganizar
sua metodologia para chegar aos adolescentes e jovens. A PJ está organizada em
todas as regiões e estados do Brasil, com cerca de trinta mil grupos de jovens.
Sua organização é por regional, conforme a da CNBB, composta por 17 regionais.
Cada regional tem sua organização própria com sua Coordenação Regional
e Comissão de Assessores. Muitos regionais têm sua secretaria e equipe
executiva. CNPJ A Comissão Nacional da Pastoral da Juventude (CNPJ) - é
composta por um representante de cada regional. Esta comissão tem o papel de
ser articuladora, animadora e elo de ligação da PJ e regionais. É ela que pensa
o projeto financeiro e encaminha as decisões da reunião ampliada, dos encontros
nacionais e da Pastoral da Juventude do Brasil (PJB). Também delibera sobre
questões gerais de comunicação e encontros.
PROJETOS DE
FORMAÇÃO
A PJ, em fidelidade ao Plano Trienal da PJB e atenta aos clamores
da juventude, organizou seu Plano Trienal em sua Ampliada de Salgado/ SE, em
janeiro de 2005. Entre tantos desafios, a PJ elencou alguns a serem respondidos
através de cinco projetos:
• A
juventude quer viver.
• Ajuri: conhecendo a diversidade da juventude
indígena, ribeirinha, rural e quilombola.
• Mística
e Construção.
• Caminho
de Esperança – formação de líderes e assessores/as.
PJ e MOVIMENTOS
Temos a tendência de ver a PJ como se fosse um movimento entre
outros. Então, optamos por um ou outro, conforme a simpatia ou conveniência. Pastoral e Movimento, é bom esclarecer, não são a mesma
coisa, e nem podem ser colocados no mesmo nível.
Pastoral é a ação oficial e coordenada da Igreja -
especialmente da diocese - para acompanhar o povo de Deus nas suas diversas
categorias e situações, daí a Pastoral da Juventude, da Criança, dos Enfermos e
tantas que conhecemos.
Movimento é uma forma particular de associação de
cristãos para se apoiarem mutuamente na vivência da fé e colaborarem na missão
da Igreja. Enquanto as Pastorais estão ligadas diretamente à estrutura
da Igreja nos vários níveis, os Movimentos têm organização autônoma e
supra-diocesana.
Pastoral da Juventude é a ação da Igreja diocesana, concretizada
nas paróquias e comunidades e articulada com as demais através da CNBB,
articulando as forças vivas que trabalham na evangelização da juventude a
partir de certos objetivos e princípios comuns.
Os Movimentos, enquanto uma dessas forças vivas, seriam
parte, instrumentos da Pastoral da Juventude. Não haveria PJ e Movimentos, mas
uma Pastoral da Juventude Orgânica que incluiria a todos, com unidade de
princípios e coordenação, mas com diversidade de métodos, ações e organizações.
Trecho da reflexão do
Pe. Florisvaldo Orlando
(in memoriam)