segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

RETRO-SPECTIVA


A cada final de ano essa palavra volta à baila como proposta de revisão de percurso. Normalmente os meios de comunicação a utilizam para reprisarem as desgraças do ano que termina: tragédias naturais e humanas, violência, corrupção, arrogâncias, etc. E essas atitudes não são inocentes, são bem lúcidas.
Não quero emporcalhar a minha página com este enfoque tão mórbido. Quero falar de 2012, como o Ano em que muitos corações o amor irrompeu, fazendo-se presente, desequilibrando a vida de duas pessoas que apaixonadamente se encontraram e descobriram como é bom amar. Quero lembrar o ano em que as torcidas choram, vibraram, lutaram até ao fim com os seus clubes. Recordar os amigos ao redor de uma mesa brindando a beleza de estarem juntos e viverem o que muita gente precisa e não tem: amor, carinho, atenção.
Quero recordar de 2012, os olhos banhados em lagrimas daqueles pais que após nove meses de espera, acolhem com amor o fruto de um grande amor. 2012 com certeza entrará para a história daquele casal de noivos, que quase flutuando, se colocaram diante do altar para selarem um grande amor. Não posso me esquecer de recontar, a emoção da Juventude, que de Norte a Sul do Brasil carregou nos braços e no peito a Cruz e o Ícone de Maria, numa grande sinfonia em vista da Jornada Mundial da Juventude.
Bem-vindo ANO NOVO, mas FELIZ ANO VELHO, porque neste ano os desejos e os sonhos foram realizados. Na minha retro-spectiva, jamais poderá ficar ausente, o POVO da Paróquia São João Calabria de Campo Grande, que me ensinou tanto neste ano que termina. Se nos anos anteriores agradeci a Deus por tanta coisa, como posso deixar passar despercebido em 2012, os EDUCADORES & LEIGOS CALABRIANOS, os RELIGIOSOS da CRB MS, a Diocese de Campo Grande, o REGIONAL PSDP MS? Não dá para esquecê-los. Precisei de muita força e coração para deixá-los, foram DEMAIS para minha vida.
Este 2012 que termina, não termina vazio, entre tanta gente importante, uma família foi o meu alicerce, a MINHA FAMÍLIA, e aqui destaco uma grande MULHER, a minha Mãe DONA INÁCIA. 2012 não poderia ter sido melhor. Foi tudo de bom. E na lista da minha retro-spectiva, não faltarão jamais os meus Irmãos e Irmã Pobres Servos.
Não vou chorar por 2012, se o fizer será de gratidão. Agora os meus olhos se voltam com todo seu brilho e fascínio para 2013, que com certeza chega assim cheio de amores, desejos e sonhos. É HORA DE ABRAÇÁ-LO CARINHÁ-LO E AMÁ-LO COM TODO O CORAÇÃO.
FELIZ 2013! AUGURI! 

domingo, 4 de novembro de 2012

GUARANI-KAIOWA, UMA NAÇÃO NO PATÍBULO


Até um mês atrás, pude acompanhar o sofrimento desta Nação Indígena de perto, agora, de longe percebo que a realidade é ainda mais gritante e cruel. No dia 13 de Setembro, no meu discurso de abertura da 43ª Assembleia da CRB MS, ao falar da luta dos Guaranis, me recordo que as palavras fugiram e me vieram as lágrimas. Daqui de onde estou, estas lágrimas me veem ainda mais seguido, pois estou acompanhando a causa e a luta deste povo, a partir do pouco que me chega via face.
Sinto-me verdadeiramente envergonhado com o que se está fazendo com um povo que não tem medo de lutar e muito menos morrer pelos seus ideais de Nação. Somos todos Guarani-Kaiowa, mesmo quem não tem sangue indígena, tem a cultura indígena e ser da cultura é fazer parte da família. Um país como o nosso, altamente miscigenado como pode negar o direito natural de que os donos desta Terra possam desfrutar daquilo que lhe pertence não por herança, mas por pureza de origem.
Como compreender mobilizações para ajudar as vitimas das catástrofes naturais pelo mundo e cruzar os braços diante do desaparecimento de uma Nação? Paradoxo? Parece, mas não é. Como compreender que empobrecidos, desgarrados, sem terras, sem reconhecimento algum sejam capazes de darem razão a quem ameaça e não só, mas mata Indígenas? Como professar uma fé no Deus da vida, Deus dos pequeninos, dos fracos e abandonados e se calar diante de estupros, abusos, mortes de inocentes nas aldeias indígenas?
O evangelho fala dos dois maiores mandamentos: Amar a Deus com toda a tua alma e com todo o teu coração; e, amar ao próximo com a ti mesmo. Um país onde a maioria esmagadora do povo é cristã não pode silenciar diante de um genocídio anunciado aos POVOS INDÍGENAS, mais especificamente aos Guarani-Kaiowa. O povo sobe ao patíbulo e os seus concidadãos silenciam. A sorte é lançada e quase ninguém faz nada para impedir o golpe fatal. Ao contrário, muitos seguem aplaudindo num gesto vil de submissão a um poder diabólico e degenerado que conseguiu empedernir não só as consciências de miseráveis, mas se apossou também das suas almas.
Não são os pequenos que na calada da noite articulam satanicamente acordos espúrios para eliminarem os indígenas. Não são os motoboys, que se reúnem em aconchavos para usarem e abusarem do corpo de uma indígena. São os donos do poder. Aqueles que desejam possuir a vida e o destino dos pobres. Infelizmente os pobres ainda os aplaudem, choram por eles, brigam por eles nas ruas, se matam por eles. Se o povo brasileiro não tomar coragem e subir ao patíbulo com os Guaranis, num futuro não muito longe será execrado pelos seus próprios rebentos, amaldiçoado pela geração vindoura.
Não abençoe esta ação. Não reze pelos algozes. Evite que eles cheguem ao patíbulo. Abrace a causa da NAÇÃO GUARANI-KAIOWA.
Somos todos Guaranis. Estamos todos no patíbulo. Vamos lutar contra o poder dos nossos algozes. SALVEMOS OS NOSSOS ANCESTRAIS.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

MEU VELHO CORAÇÃO REMENDADO


            Conta-se que numa cidade da Itália resolveu-se fazer um concurso de corações. Quase toda a população se inscreveu. Os concorrentes eram de todas as idades, crianças jovens, adultos e idosos.
            Todos exibiam seus corações cada um querendo aparecer mais que os outros. Os corações infantis cheios de energias, os adolescentes com seus corações se preparando para a primeira paixão. Entre os jovens corações haviam aqueles cheios de paixão, alguns feridos, outros transbordando de amor. Entre os adultos a situação era mesma, corações felizes, outros tristes. Corações apaixonados outros fechado para sempre pela perda de um grande amor.
            Nos corações com mais experiências havia de tudo. De repente um jovem de coração vigoroso aponta para o coração de um velho e começa caçoar do velho coração, que estava praticamente coberto de remendos.
            - Olha um coração velho de um Irmão chamado Silvio da Silva praticamente coberto totalmente de remendo.
            Todo mundo se voltou para o velho Irmão e caçoavam também. O velho Irmão sem se alterar se aproximou do rapaz e lhe disse:
            - Se aproxime meu rapaz. Você vai perceber que alem dos remendos, meu coração é mais colorido que o seu e de outros. Esses remendos e essas cores não são doenças. É vida. Cada remendo não é bem um remendo é a parte dos corações que amei e que me amaram lá no Brasil, que nós trocamos esse pedacinho agora é meu e um pedacinho do meu coração está no coração de muita gente lá, principalmente na Paróquia São João Calábria, em Campo Grande, MS.
            - As cores representam não dores, mas amores. A vida foi me ensinando que mesmo aqueles que me machucavam, no fundo me amavam, porque era o seu único jeito de demonstrarem o que sentiam por mim. As gotas que você vê não são de chuva e nem orvalho. São lágrimas minhas e das pessoas que amo e que me amaram.
            O jovem com os olhos cheios de lágrimas se aproximou e pediu para que umas gotas de suas lágrimas ficassem ali. O velho consentiu, mas com uma condição: que ele aceitasse um pedaço do seu velho coração e lhe desse o primeiro pedaço do seu coração intacto.
            O jovem aceitou e partir sentia o maior orgulho dos remendos que foram surgindo aos montes no seu coração pleno de vida e energia.
            AMO DEMAIS OS REMENDOS DO MEU CORAÇÃO, eles são parte dos corações deste povo que aprendi tão rapidamente amar e que jamais me esquecerei.

domingo, 12 de agosto de 2012

QUEM LIGA PARA ELES?


Campo Grande tem um número de habitante de aproximadamente 800 mil, dessa população 217 mil são jovens de 14 a 29 anos (Censo IBGE 2011). São 217 mil pessoas que convivem diariamente com a sensação de violência tão comum no município de Campo Grande e também em todo o Brasil. No mapa da violência mundial, o Brasil ocupa a terceira posição em questões de assassinatos de jovens, perdendo apenas para a Colômbia e a Venezuela, mostrando assim que os países latino-americanos são os grandes focos da violência mundial, chegando a ser 16 vezes maior que os países da Europa.
Segundo o Mapa da Violência 2011, Mato Grosso do Sul possui o município com as maiores taxas médias de homicídios de jovens, chegando a 107,2 (em 100 mil) o número de jovens mortos em Coronel Sapucaia, cidade que faz divisa com o Paraguai. Campo Grande possui a taxa de homicídios de jovens de 60,6 (em 100 mil), a taxa de suicídio é de 5,8 (em 100 mil) e as mortes de jovens em acidentes de trânsito alcança a taxa de 44,8 (em 100 mil). Esses números só tendem a crescer devido à deficiência do poder público em oferecer políticas públicas que atendam essa parcela da população.
A opinião popular e os meios de comunicação acabam colocando a figura do jovem de forma estereotipada.  É comum vermos a ligação da juventude com símbolos e expressões que o acusam de ser o causador de uma violência, que na verdade o próprio é vítima. A forma como a violência juvenil é apresentada pela mídia sempre enfoca a vítima, por exemplo, que morre assassinado, e este sendo referido como uma espécie de “mau elemento” deveria mesmo é morrer já que está fora dos padrões da sociedade. Dessa forma a violência acaba sendo transmitida como uma forma de espetáculo que atrai e dá audiência para quem a fornece.
O fato é que a juventude sempre torna-se a primeira e maior vítima de todo o tipo de exclusão. A vulnerabilidade social faz dos/as jovens, alvos do desemprego, gerando a marginalização e a exclusão da sociedade. Os/as jovens acabam por refletir a essa situação com comportamentos de delinquência juvenil, apatia política, inconformismo, revolta, uso de substâncias psicoativas, envolvimento em tráfico de drogas e até promiscuidade sexual. Os que mais sofrem algum tipo de violência, são os/as jovens pobres e esquecidos pelo poder público.
Não podemos nos calar diante de uma situação de violência tão alarmante. A violência em Campo Grande já tomou padrões assustadores que pouco são expostos nos debates políticos. Já passou da hora dos/as jovens de Campo Grande terem acesso às Políticas Públicas para a Juventude, à educação de qualidade, saúde, assistência social, segurança pública, espaços públicos de lazer, qualificação profissional e a expansão de atividades de esporte, cultura e lazer. A juventude merece ser reconhecida como sujeito de direitos.
A juventude quer viver, e não morrer, em Campo Grande. É nosso dever lutar por uma sociedade justa, igualitária, fraterna, onde nenhum jovem, nem ninguém, seja discriminado em razão de idade, etnia, raça, cor, sexo, estado civil, orientação sexual, atividade profissional, religião, convicção política, deficiência física, mental, sensorial, aparência pessoal, ou qualquer singularidade ou condição social.


Walkes Vargas
Psicólogo e Militante da Pastoral da Juventude

terça-feira, 7 de agosto de 2012

PROFETAS NÃO SE VENDEM! DENUNCIAM!

Bispo recusa comenda e impõe constrangimento ao Senado Federal Num plenário esvaziado, apenas com alguns parlamentares, parentes e amigos do homenageado, o bispo cearense de Limoeiro do Norte, Dom Manuel Edmilson Cruz, impôs um espetacular constrangimento ao Senado Federal, ontem. Dom Manuel chegou a receber a placa de referência da Comenda dos Direitos Humanos Dom Hélder Câmara das mãos do senador Inácio Arruda (PCdoB/CE). Mas, ao discursar, ele recusou a homenagem em protesto ao reajuste de 61,8% concedido pelos próprios deputados e senadores aos seus salários. “A comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Hélder Câmara. Desfigura-a, porém. De seguro, sem ressentimentos e agindo por amor e com respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la”. O público aplaudiu a decisão. O bispo destacou que a realidade da população mais carente, obrigada a enfrentar filas nos hospitais da rede pública, contrasta com a confortável situação salarial dos parlamentares. E acrescentou que o aumento “é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão contribuinte. Fere a dignidade do povo brasileiro que com o suor de seu rosto santifica o trabalho diário.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

UM OLHAR ADIANTE: Ler e escrever, asas da consciência

UM OLHAR ADIANTE: Ler e escrever, asas da consciência: O ser humano vive na terra, mas como numa estação de passagem obrigatória, que se faz necessário para experienciar-se. Sentir-se. Dar ...

Ler e escrever, asas da consciência


O ser humano vive na terra, mas como numa estação de passagem obrigatória, que se faz necessário para experienciar-se. Sentir-se. Dar um significado à sua existência. A terra tem em si profundezas que desafiam o ser humano, todavia, aqui, ele vive uma inquietude, voltado para o alto para o infinito. Sente-se apegado a tudo que o rodeia, mas insatisfeito com tudo que lhe acontece. Vive como uma águia prisioneira, porque não tem certeza de sua origem, porque se conheceu na terra. Vive tateando entre o medo e o desejo. O medo de se tornar diferente dos demais que vivem aqui e ser taxado de exibicionista, sonhador, perturbador da tradição, um pecador. Ao mesmo tempo em que teme a tudo isso, sente forte o desejo de romper com o que é tradicional legal e puritano. Fazer uma experiência de si, inclusive pagar o preço mais alto possível pelo atrevimento de sonhar e se arriscar.
Ler e escrever podem estar na raiz de tudo isso. Saber. Conhecer. Ir mais além do que impõem os limites e a história. Romper com o padrão e sentir-se a si com tudo aquilo que é possível. Ninguem quer somente ler e escrever. Quer ser a si. Descobrir o que dói no seu interior. Porque sente atração por uma pessoa e não por outra. Porque às vezes o mesmo objeto que lhe assusta e provoca-lhe raiva, o faz desejá-lo e até pensar em se entregar às volúpias misteriosas e de lá nunca mais voltar?
O que age no ser humano é seu inconsciente? E que tipo de inconsciente?
Buscar compreender a intenção nada mais é que querer alcançar o interior do sujeito. Daí a necessidade de compreender o outro. De lhe possibilitar todo espaço necessário para ampliar eu pensamento e alargar sua consciência. Ler e escrever é inscrever a própia marca num mundo onde a paixão e o infinito se confundem dão asas para um vôo em que não haverá pouso e muito menos retorno.


sexta-feira, 6 de julho de 2012

NÃO SUJE A SUA CONSCIÊNCIA


Foi dada a largada rumo aos cargos públicos mais desejados, o executivo e o legislativo municipais. A partir de hoje, milhares de concorrentes disputarão uma vaga nas mais de cinco mil prefeituras do país e centenas de milhares buscarão desesperados um lugar ao sol das câmaras municipais.
Importante estarmos atentos aos nomes e às histórias destas pessoas. Com certeza grande parte delas não está fazendo isso por paixão ou por altruísmo, porque acredita que precisa fazer algo pelo próximo, uma grande maioria está fazendo isso em benefício próprio ou pior ainda como “laranjas” de grandes, que por não terem coragem, pagam para que muitos, inclusive analfabetos, façam o serviço sujo da corrupção ou interceptação dela. Por isso mais importante que escolher em quem votar é saber quem lhe apoia que máquina está por trás desta candidatura.
O Tribunal Superior Eleitoral, não resistiu à pressão e liberou algumas categorias de “fichas sujas” para concorrerem ao pleito, você não precisa ser como eles, os juízes do STJ, você pode e deve escolher quem tenha ficha limpa, conhecimento, cultura e ame de verdade a comunidade. Ninguém precisa ter medo de votar em quem de verdade merece. As urnas são eletrônicas e os compradores de votos não têm como controlar o seu voto. Lembre-se que existem os “fichas sujas”, humanos abomináveis, mas você pode se tornar muito pior que eles, mais abominável ainda, se você se tornar um “consciência suja”, vendendo o seu voto.
Quem vende o voto merece menos respeito e mais desprezo do que aqueles que o compram. Quem compra o faz por prepotência, quem vende assina um atestado de estupidez e ignorância. Antes da religião vem a ética, a vergonha na cara e o amor próprio. Não se deixe levar por sentimentos de pieguice, pois neste período as igrejas se enchem de bons samaritanos, imaculados e mais puros que a Virgem Maria. Fique esperto. Quem durante os últimos quatro anos não apareceu na sua igreja, não gosta de seu Deus e menos ainda de você, faça como a Sandra de Sá, jogue fora no lixo, o candidato não o seu voto.
Aos traidores da sua boa fé nas eleições passadas, mostre sua arma, defenda-se, ataque-os com a mesma arma que os defendeu, seu VOTO. Nada é mais sagrado que o seu voto, pois ele é o atestado de liberdade, de consciência, de que você decide o que é melhor para você, portanto não negocie esse poder. Não abra mão do seu direito de rejeitar e de acolher.
Outra dica para valorizar ainda mais seu voto: candidato com pouca instrução é fria. Normalmente são laranjas, que servem aos jogos do submundo da oligarquia. Pobres roceiros que defendam agronegócio ligue o alerta. Diaristas que defendendo grandes conglomerados financeiros, sai fora é armadilha. Professores defendendo a atual educação do estado, fique atento, ele não é só professor, ganha algo mais ou não tem capacidade para singrar e se contenta com as parcas migalhas que lhes são oferecidas na escola. Candidatos apoiados pela máquina do poder, utilizando os seus impostos, passe ao largo, se já agora eles não respeitam o seu dinheiro, se chegarem se eleger não respeitarão não só seu salário como menosprezarão a sua presença.
Católicos ou evangélicos que apoiam candidatos corruptos, prepotentes e imorais, não será suficiente uma simples confissão, terão que rasgarem suas certidões de batismo e queimarem suas bíblias, pelo menos assim não serão chamados de hipócritas ou raça de víboras. Porém seria muito interessante, se cada Igreja apostasse de verdade em seus fieis e os elegessem para mudar o rosto da política. Não pensem em emendas parlamentares, você não precisa disso. Pensem nos seus direitos, não são favores, são obrigações dos políticos para com você e a sua comunidade.
Igrejas, católicos, evangélicos, não tenham medo. Igreja deve se meter em política sim. Se vocês não escolherem as pessoas decentes para governarem seus rebanhos, que autoridade e moral terão para falar contra corrupção, contra aborto, contra o tráfico de pessoas e de drogas, contra a promiscuidade, etc.? Enquanto os cristãos não tomarem a rédea desta carroça desgovernada chamada governo, não terão direito de se  queixarem e ou de abominarem nada do que fazem os ateus e hereges. Quem não assume consente que os néscios assumam. Até dia 07 de Outubro ainda temos muito tempo para pensarmos, analisarmos e decidirmos quem realmente se encaixa no perfil da nossa moral e da nossa crença.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

AH ESSA CRUZ! AH ESSE ROSTO!


Infelizmente não tive a grande graça que grande parte dos cristãos da Arquidiocese de Campo Grande teve de acompanhar, tocar e carregar a Cruz do BOTEFÉ e o Ícone de Nossa Senhora! Porém estou tendo a grande graça de ver os olhos brilharem, as vozes embargarem de emoção quando falam daquilo que viram, sentiram e viveram ao se aproximarem destes dois símbolos tão simples e tão fascinantes. Não dá para controlar a emoção, quando uma adolescente de apenas 15 anos que a gente encontra no ônibus voltando da escola, depois de um dia quem cheio e se aproxima e diz quase choramingando de emoção: “irmão eu carreguei a cruz do Botefé”, ou ouvir de outro adolescente que narra cheio brilho no olhar e entusiasmado: “saí correndo da aula e fiquei plantei ao lado da cruz na catedral, pois sabia que ela entraria na celebração e alguém teria que carrega-la, fiquei ali pronto para entrar com ela. E entrei carregando-a em meus ombros”.
Essa é a Cruz de Jesus! Vai onde ninguém quer ir.
E ainda tem gente sem coração que diz: “esses jovens de hoje não querem nada com nada”. Quem pensa ou diz isso só pode não ter experiência da cruz. Fiquei sem fala quando a Rafinha me disse: “irmão a minha mãe, grávida de seis meses, andou com a gente todo o percurso do Botefé da Forania Sul, e quando ela, tocou na cruz e no ícone, o Rafinha (maninho que está chegando) se mexeu dentro dela”. Não é por nada não, mas tem muita gente por aí pregando um cristo que dá medo, um cristo sem cruz, mas com o evento Botefé, com a entrega da Juventude que não mede esforço nem sacrifício quando acredita numa proposta, não dá mais para se continuar com esse cristo des-crucificado.
Ah! Essa Cruz! Que parece loucura para os fracos e os falsos crentes, mas que é sabedoria de Deus para os fortes, os crentes de verdade como é a Juventude destas nossas comunidades. Ah! Esse rosto de Nossa Senhora, que acompanhando a Cruz do Seu Filho, faz tanta gente chorar de alegria e de emoção. Fico impressionado, quando dioceses, bispos, paróquias, pároco, comunidades e lideranças comunitárias encontram tanta dificuldade para mobilizar a evangelização, pois um evento como este o Botefé animado por jovens e adolescentes dá show de organização, de luta, de conquistas. Nasceu-me uma grande dúvida neste Botefé e me coloca a questão, mas também convido a todos e todas a refletirem: será que aquilo a quem muitos chamam de falta de vontade da juventude não será falta de referência de lideranças comunitárias e de pastores apaixonados de verdade pelos seus rebanhos? Ficou nítido pelo menos naquilo que pude acompanhar mais de perto, onde os pastores e as lideranças paroquiais e comunitárias caminharam junto com a Juventude a Cruz e o Ícone passaram como que numa apoteose e marcaram para sempre a vida de uma geração midiática, mas espiritualizada com outro jeito de acreditar e de rezar.
A mesma geração, que assusta muita gente que se sente pura e santa, não está tendo medo de expor a cruz que passou a carregar no peito, e em pleno coletivo entoar o refrão tão antigo e tão jovem do Padre Zezinho, que vai embalar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2013: “no peito eu levo uma cruz, e no meu coração, o que disse Jesus”. E o que ele disse? “Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia”, frase que o Saudoso Papa da Juventude, Beato João Paulo II, repetia em 1984, quando confiou a Cruz à Juventude do mundo inteiro.
“Irmão Eu toquei a cruz! Eu carreguei a cruz!” Essas frases continuarão soando por muito tempo em meus ouvidos, para lembrar-me sempre de que a Juventude não é qualquer coisa, pelo contrário, a Juventude é gente que pode e sabe que pode, e não está nem aí para os ressentidos do passado que pensam ou dizem o contrário. Essa é para a minha geração já mais rodada: “não sabemos o que fazer com a Igreja, entreguemo-la nas mãos dos jovens, tenho certeza que eles darão um jeito. E um jeito bem bonito.”.
Campo Grande a Cruz e o Ícone acordaram os jovens! Revitalizaram-nos. Por favor, não os adormeça e pior ainda, não os mate com o tédio da mesmice, da falta de criatividade de nossas pastorais tão enfadonhas.
Está na hora da Igreja parar de preservar o vaso de argila que conduz com tanto cuidado: as estruturas, os dogmas pessoais de párocos e lideranças paroquiais, e dar maior atenção e mais espaço para o tesouro que está no vaso, a JUVENTUDE. Essa Juventude, que não quer só comida, mas quer a vida e a quer como ela é.
Ah! Essa CRUZ!  Esse ROSTO! Esses OLHOS! Essas LÁGRIMAS! Esses SONHOS! Esse JEITO DIFERENTE DE AMAR!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

SE O GRÃO DE TRIGO NÃO MORRE... NÃO TEM PÁSCOA!


Racionalmente, não se entende a morte de alguém, que parece ter nascido para fazer o bem, para amar e doar-se. Mas aos olhos da fé e da palavra do Mestre de Nazaré, isso é preciso. Há três anos, quando Pe. Gisley foi literalmente ceifado do nosso meio, escrevi: “leviatãs, necessitam de sangue de santos para se acalmarem”, continuo pensando do mesmo jeito, mas mesmo triste pela morte deste grande sacerdote, entendo, que a sua morte foi a morte de um profeta. Pois somente a morte de profetas faz germinarem as sementes que estavam escondidas, no escuro do ventre da terra, cheias de potencialidades, mas assustadas com o que lhes poderia acontecer se nascessem.
Após três anos do sacrifício deste grande PJoteiro, a gente percebe um reascender da PJ como brasas que estavam sob cinzas, aguardando um vento benfazejo, para voltarem incandescente com todo seu calor. De Norte a Sul do Brasil, temos notícia de que a Juventude PJoteira está fazendo sacudir o marasmo, que quase toma conta da Igreja. Quando o clima espiritual parecia tomar o rumo abominado pelo Apocalipse, do morno, de repente a PJ como Fênix, sai do ostracismo e vem brilhar no meio da Rua, no meio da Igreja, trazendo o apanágio, que cura o apagão da morbidez, do intimismo, do retorno ao obscurantismo e dá sobrevida a uma vida que nunca perdeu seu vigor, a vida dos pobres e dos jovens.
Neste dia de saudades, e se quisermos de dor, quero expressar a minha gratidão a Pe. Gisley, que sem pudor nenhum, sem escrúpulos e sem medo lavou com seu próprio sangue o solo da Igreja brasileira e lhe devolveu a fecundidade juvenil. A gente não lhe vê, mas temos certeza de que você pode sentir o alvoroço juvenil que no embalo de “no peito levo uma cruz e no meu coração o que disse Jesus” está fazendo a Igreja se sentir mais viva, mais ela, mais cristã. Hoje a PJ se reencontrou consigo mesma, seu sangue deu-nos certeza, de que estamos no caminho certo. Olha Gyslei, só para você ter uma ideia, um PJoteiro, lançou um grito no facebook: “tem PJteiro aí?” Em menos de dois dias já eram milhares do Brasil inteiro, respondendo: PRESENTE. Queria que você visse hoje como estão as páginas do Face, estamos comemorando não sua morte, mas a sua Páscoa, que acabou se tornando a nossa Páscoa. Sua coragem nos recordou quem somos e para que viemos. Somos GENTE DA PJ e será sempre assim: se nos pisarem não reagiremos, se nos esmagarem, não morreremos, se nos esquecerem, renasceremos mais firmes, mais fortes e mais altaneiros de coração aberto e cabeça erguida, afinal não somos seguidores de ídolos, somos seguidores de um Jovem corajoso, atrevido e destemido, chamado Jesus de Nazaré, que como Gyslei, também teve sua cruz, mas a morte não foi páreo para Ele, após três dias ressuscitou e já há dois milênios caminha com a gente. Sua morte Gyslei levou seu corpo, mas ressuscitou sua voz, sua alma, fortaleceu seu sonho que vive em nós. Por isso hoje para nós é Pascoa, porque você, após três anos vive muito forte em nós. FELIZ PÁSCOA PJOTEIROS!

sábado, 9 de junho de 2012

QUEM NÃO SE ENCAIXA É DEMÔNIO

Essa é antiga! Por isso até Jesus de Nazaré foi tido como Belzebu, chefe dos demônios (Mc 3, 20-35). Pelo menos uma coisa reconheceram nele: não era qualquer demônio. Era o Demônio Mor. Mas é assim mesmo, quando você não se encaixa nos parâmetros do poder, você passa a ser anormal, imoral e possuído. Assim se faz com todos aqueles que pensam diferente e optam por coisas diferentes de uma maioria que se sente dona da verdade. Assim nascem os preconceitos, calçados pela tradição, que escondem detalhes sórdidos e em alguns casos até criminosos, onde vidas são ceifadas para manter o Establishment (é melhor que morra um só homem).
Quem faz frente à corrupção, às injustiças, à miséria e à ignorância do povo é taxado de reacionário, já que o comunismo acabou. Numa sociedade do agronegócio, defender a natureza verde é ser atrasado, defender a soberania das Nações Indígenas é ser inimigo do progresso. Num país de tanta moral e tão bons costumes, é mais vergonhoso ser gay, que ser corrupto, se ateu que ser hipócrita, ser vândalo que ser ladrão. Uma nação que trata com tanto desvelo um político corrupto e assassino e abomina um pobre, que rouba alguma coisa no supermercado, considera possessos todos aqueles que buscam garantir os direitos dos mais lascados: drogados, prostituídos, moradores de rua, etc.
Quem protesta contra a forma violenta como o estado trata seus protegidos é tido como demônio ou possuído por ele. Mas quem violenta e mata a população indefesa na calada das leis, são deuses e anjos. Políticos honestos, mas que são da esquerda são espíritos impuros, de quem se deve passar bem distante, mas políticos declaradamente maquiavélicos, que alimentam nossas caridades com dinheiros escusos são protegidos e aclamados desvairadamente por um bando de crentes famintos, vestidos de chita e  calçados de chinelos de dedos.
Quando um determinado político convidou a população à consciência, a lutar contra os desmandos das grandes oligarquias e os carteis político-econômicos, foi taxado de o filho do Demo, antropófago e se apostou num caçador de marajás. Os tempos hoje são outros, mas os caçadores de bruxas e de comunistas são os mesmos e utilizam os mesmo método: exorcismo. É coisa do “bicho ruim”, esse povo que sai pelas ruas gritando por justiça, a gente tem que gritar por mais dizimo, mas doações para mantermos os restos que a sociedade descarrega em nossas portas.
De quatro em quatro anos, os anjos benfazejos saem dos seus casulos, imaculados e puros para distribuírem suas graças aos fieis que pacientemente esperaram por este grande momento: receberem uns óculos novos, uma dentadura, os mais sortudos uma “minha casinha, minha vidinha”, uma viagem ao nordeste, ao Senhor do Bonfim, ao meu Padinho Ciço, ou quem sabe num lance de uma grande graça, para aqueles que mais mantiveram suas velas acesas, até um emprego de laranja no promiscuo gabinete das excelências, nobres e angelicais otoridades.
Os mais iluminados, que gritam contra a mácula da impunidade, os profetas, são tidos como demônios pelo povo ingênuo e crentes de uma palavra morta, que se insiste dizendo ser de Deus. Que deus? O padre ou o pastor que do púlpito ousar tocar de leve sobre a dor do povo passa a ser vigiado, como perigoso, suspeitos de não serem profetas. Mas aquele que se diz profeta e acolhe de braços abertos e com distinção os matadores de pobres, são os enviados de deus, falam manso, são melosos, inofensivos, verdadeiros anjos que deus enviou para conduzir seu rebanho rezando e louvando de olhos fechados e coração gelado, para o matadouro.
Cuidado com os demônios. Estamos entrando naquele período pós-hibernação, passados quatro anos, aqueles que lhe esqueceram, estão voltando, deprimidos, crentes, pessoas maravilhosas para pedirem seu perdão, aliás, seu voto de confiança mais uma vez, porque se não cumpriram com aquilo que lhe prometeram a culpa não é deles, a culpa é sua que não lhes ajudou mais, e se não for sua, então deve ter sido aquela cobra maldita, que ofereceu a eles uma maçã envenenada, que lhes causou tamanho sono e que só agora despertaram.
Se você quer saber a que categoria pertence, é só olhar se está encaixado ou não nos parâmetros dos “puros”, “imaculados”, “rezadores” e “hibernadores”. Quem você defende? E quem você ofende? Atenção! Fica esperto! QUEM NÃO SE ENCAIXA É DEMÔNIO!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

QUE FIQUE BEM CLARO


PJ PASTORAL DA JUVENTUDE
A Pastoral da Juventude é a ação dos jovens como Igreja, unidos e organizados a partir dos Grupos de Jovens. É a juventude evangelizando outros jovens em comunhão com toda a Igreja.
A PJ não é apenas uma organização ou uma estrutura como alguns ainda pensam. Na verdade, os grupos de jovens são a base desta pastoral e é no grupo e pelo grupo que a PJ acontece.
Quando o grupo busca aprofundar e viver a fé, atuar na comunidade, descobrir como transformar a realidade e, junto com os demais grupos, ser evangelizador de outros jovens, já está sendo e fazendo Pastoral da Juventude.
HISTÓRIA
A história da PJ começa em 1973,ou até antes com a Ação Católica Especializada: JAC (Juventude Agrária Católica), JUC (Juventude Universitária Católica), JEC (Juventude Estudantil Católica) e JOC (Juventude Operária Católica). No final da década de 70 e no início dos anos 80 a Igreja vivia um período de grandes expectativas, pois os sínodos de Medellin e Puebla trouxeram novos ares para a ação pastoral com a opção concreta pelos pobres e pelos jovens.
Esta opção possibilitou ampliar o trabalho que vinha sendo desenvolvido com a juventude para a construção de uma proposta mais orgânica. Assim, a PJ inicia definindo como missão: Somos jovens, cristãos, católicos, organizados como ação da Igreja evangelizando outros Jovens, para que, capacitados, atuemos na própria Igreja e nos movimentos sociais visando a transformação da sociedade em todo o Brasil.
ORGANIZAÇÃO
As dioceses passaram então a organizar a evangelização dos jovens em pequenos grupos (entre 12 a 25 jovens) e/ou reconhecer os já existentes. Para melhor acompanhar a organização e formação dos jovens, iniciou-se a articulação de encontros nacionais com o propósito de melhorar a comunicação e proporcionar o intercâmbio e a sistematização de experiências.
Esses encontros, que depois se tornaram assembléias, foram momentos ricos de reflexão sobre o acompanhamento dos jovens para a vida em grupo. A partir dessas experiências, surgem os Seminários para Assessores, que serviram como laboratório e espaços de reflexões importantes como: o Processo de Formação na Fé, a Metodologia de Trabalho com Jovens, as Políticas Públicas de Juventude, o Planejamento da Ação Pastoral, a Missão, e tantas outras discussões.
ATUALMENTE
Nesta caminhada de 22 anos, a organização da PJ esteve sempre atenta aos gritos e necessidades das diferentes realidades juvenis e à sua forma de se organizar.
Assim, valorizou e incluiu novas experiências de trabalho com a juventude a partir de seu meio específico:
PJ Rural, PJ Estudantil e PJ do Meio Popular. Essa realidade lhe exigiu uma nova forma de se articular e se organizar, levando-a a reorganizar sua metodologia para chegar aos adolescentes e jovens. A PJ está organizada em todas as regiões e estados do Brasil, com cerca de trinta mil grupos de jovens. Sua organização é por regional, conforme a da CNBB, composta por 17 regionais.
Cada regional tem sua organização própria com sua Coordenação Regional e Comissão de Assessores. Muitos regionais têm sua secretaria e equipe executiva. CNPJ A Comissão Nacional da Pastoral da Juventude (CNPJ) - é composta por um representante de cada regional. Esta comissão tem o papel de ser articuladora, animadora e elo de ligação da PJ e regionais. É ela que pensa o projeto financeiro e encaminha as decisões da reunião ampliada, dos encontros nacionais e da Pastoral da Juventude do Brasil (PJB). Também delibera sobre questões gerais de comunicação e encontros.
PROJETOS DE FORMAÇÃO
A PJ, em fidelidade ao Plano Trienal da PJB e atenta aos clamores da juventude, organizou seu Plano Trienal em sua Ampliada de Salgado/ SE, em janeiro de 2005. Entre tantos desafios, a PJ elencou alguns a serem respondidos através de cinco projetos:
• A juventude quer viver.
• Ajuri: conhecendo a diversidade da juventude indígena, ribeirinha, rural e quilombola.
• Mística e Construção.
• Caminho de Esperança – formação de líderes e assessores/as.
Conheça melhor os projetos: www.pjnacional.rg3.net
PJ e MOVIMENTOS
Temos a tendência de ver a PJ como se fosse um movimento entre outros. Então, optamos por um ou outro, conforme a simpatia ou conveniência. Pastoral e Movimento, é bom esclarecer, não são a mesma coisa, e nem podem ser colocados no mesmo nível.
Pastoral é a ação oficial e coordenada da Igreja - especialmente da diocese - para acompanhar o povo de Deus nas suas diversas categorias e situações, daí a Pastoral da Juventude, da Criança, dos Enfermos e tantas que conhecemos.
Movimento é uma forma particular de associação de cristãos para se apoiarem mutuamente na vivência da fé e colaborarem na missão da Igreja. Enquanto as Pastorais estão ligadas diretamente à estrutura da Igreja nos vários níveis, os Movimentos têm organização autônoma e supra-diocesana.
Pastoral da Juventude é a ação da Igreja diocesana, concretizada nas paróquias e comunidades e articulada com as demais através da CNBB, articulando as forças vivas que trabalham na evangelização da juventude a partir de certos objetivos e princípios comuns.
Os Movimentos, enquanto uma dessas forças vivas, seriam parte, instrumentos da Pastoral da Juventude. Não haveria PJ e Movimentos, mas uma Pastoral da Juventude Orgânica que incluiria a todos, com unidade de princípios e coordenação, mas com diversidade de métodos, ações e organizações.
Trecho da reflexão do Pe. Florisvaldo Orlando
(in memoriam)

terça-feira, 29 de maio de 2012

SEM PUDOR, SEM MORAL, SEM VERGONHA!


      Pode até ser verdade o que estão falando do Lula, mas a origem da conversa é suspeita. A Revista Veja está na mira da CPI do Cachoeira, Gilmar Mendes, um juiz para lá de suspeito, um franco atirador e que tem seu nome ligado ao Senador Demóstenes, tem mais que criar notícias para se deslocar do foco. Quem pode acreditar que os desvarios do pobre ministro sejam verdade. Ele sabe que se a CPI quiser, vai descobrir se sua visita a Berlin coincidentemente com Demóstenes, saiu mesmo dos seus parcos recursos de magistrado ou se foi uma cortesia sem nenhum interesse do senador “justiceiro”.
Até se provar o contrário, com poder ou sem ele, Lula continuará sendo o homem de confiança do povo brasileiro. Se bem que quem se encosta-se a “pau de galinheiro” sempre sai sujo e ele andou se encostando bastante em alguns.
Esse cara, Lula teve oito anos para cometer as mesmas burrices que estes canastrões fazem com tanta maestria e não o fez. Não creio que agora, fora do furacão Brasília, se recuperando de um câncer vá querer se chafurdar no lamaçal, onde estes picaretas costumam se esbaldar. Como ninguém é santo, nem o Lula, pode até ser verdade tudo isso, mas até chegar nele, o ministro vai ter que se explicar muito bem, apesar de que ele sempre se achou acima do bem e do mal. A bem da verdade eu acho que ele, o ministro está querendo retaliar a Presidenta Dilma, pela sua coragem e ousadia de peitar os ruralistas e o agronegócio e vetar pontos do código florestal.
“Pau mandado” não tem voz ativa. Fala, mas não sustenta, pois nunca fala por si. E acho que esta é mais uma tentativa de desvio de foco. Niquem mais precisa sair desta berlinda que a Veja e os capachos cachoeiros.
Se não acabaram com Lula, quando ele era “nordestino”, “pobre”, “metalúrgico”, “analfabeto”, não será agora que ele é Luís Inácio Lula da Silva, Presidente do Brasil em dois mandatos, o governo com um índice recorde de aprovação, cidadão do mundo, uma das pessoas mais influentes do mundo que vão destruí-lo. Quem é Gilmar Mendes? Quem o conhece? Além de asneiras vazias, que outros discursos esse senhor já fez e que provocaram impacto? Quem lê a veja? Que alcance ela tem em nível de mundo?
Ele disse, ela publicou, Lula se indignou e o Brasil, consciente e maduro, fora alguns senadores de oposição completamente desesperados, não ligou.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

CHEGA DE PÃO E CIRCO! VOCÊ SONHA A GENTE PAGA!

      No principio eram pão e circo. Como esta estratégia ficou muito manjada, e quase ninguém mais cai nesta armadilha, é preciso inovar. E a inovação vem com uma armadilha mais sútil, aparentemente saudável e apetitosa ao ego: prêmios. A cada dia, se arranja motivos para premiar aqueles e aquelas que poderiam ser um entrave se quisessem, nos acordos tramados na calada das madrugadas ou nos “jantares de negócio”.
Quando uma instituição que representa ou governa um povo, começa a premiar sem motivos mais significativos a cidadãos distintos ou outras instituição, que também são instâncias de poder sobre este mesmo povo, alguma coisa está errada. Em democracias não existem heróis, os heróis se criam onde há ditaduras. Ídolos são panaceia para o mal da ignorância. A História da Humanidade está cheia destas figuras, mas elas surgiam quando algo podre estava acontecendo ou sendo forjado nas alcovas do poder.
É assustador a forma como algumas pessoas e/ou instituições se deixam manipular, cedem à massagem do ego com o óleo da injustiça e da opressão. Enquanto alguns segmentos sociais se colocam em rota de colisão com as manobras baratas e as estratégias maquiavélicas dos poderosos, outros, principalmente os que deveriam ser o antídoto contra o veneno do manipulador, se colocam a par e passo com as armadilhas.
Dá impressão de ouvir Amós gritando desesperadamente contra pastores que ao invés de protegerem seus rebanhos, num acesso de loucura e desejo de imagem, leva-os ao covil dos lobos, onde a alcateia faminta e cruel, com dentes afiadíssimos se prepara para estraçalhar as vítimas, que inocentemente seguiram seus pastores. Bem dizia com propriedade e autoridade Jesus: “os filhos das sombras são mais espertos, que os filhos da luz”. Realmente o são. Não dormem, porque precisam maquinar armadilhas e arma-las na calada das noites de trevas.
Há algo insano no ar. Ninguém oferece tantos benefícios de graças. Alguma coisa está armada e os ingênuos estão se associando a tudo isso e o que é pior, quando pensarem em sair já não dá mais. O que dói mais é que neste roldão de “oportunidades e benevolência” levam juntos muitos inocentes, já tão usados como “isca” há tanto tempo. Não dá para acreditar quando leio nas manchetes de alguns veículos de comunicação: “jovens dão o tom em noite de premiação”. Os jovens novamente entram na roda viva. Considerados imaturos, inconscientes e inconsistentes, mas na hora de formar quórum, lá estão eles apostos aos aplausos inconscientes ou comprados da massa.
Sou muito maldoso ou há algo que não está mesmo batendo? Estamos nas vésperas das campanhas políticas. Estranho quando olho ao redor e vejo que ultimamente os rebanhos do Senhor passam mais tempo nas casas de lei que nos seus próprios redis. Tudo agora gira ao redor de patrocínios e os nomes sem nenhum disfarce aparecem estampados em tudo e por tudo. Será que só eu  vejo nisso armadilhas? Ninguém mais está percebendo isso? Meu Deus, de repente estou ficando paranoico! Estou vendo coisas onde outros olhos mais puros não veem.
Na lambança da premiação muito cuidado com que vai por na boca, mas principalmente com o que sai da boca. As taças do brinde podem estar envenenadas, os petiscos podem ser anzóis, e os canapés, ah! Os canapés podem colar a sua língua ao céu da sua boca e   nunca mais você vai poder falar.
Encerro esta minha desconfiança citando o poema atribuído a Maiakóvski: “No primeiro dia, eles invadem nosso jardim, e destroem nossas flores. E não dizemos nada. No segundo dia, eles invadem nossa sala, e matam nosso cão. E não dizemos nada. E como não dissemos nada, roubam nossa voz e arrancam nosso coração pela boca. E como não dissemos nada, já não podemos dizer nada”.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

"YES, WE CAN!" "SIM, NÓS PODEMOS!"


Sinceramente nem sei se é assim mesmo que se escreve esta frase em inglês. Mas  tenho certeza que a tradução está correta.
Eu sei que é  chato pessoas idosas ficarem se metendo na vida dos jovens. Eu  não gostava no meu tempo  e por isso  não reprovo aqueles que não gostam disso hoje. Mesmo assim estou me servindo  da página jovem do nosso site para passar esta minha reflexão.
O planeta com boa ou de má vontade, acompanhou há alguns anos em todos os meios de comunicação, a expressão do título acima: “YES WE CAN”, nós podemos. Um “slogan” de campanha que soou nos ouvidos, principalmente da juventude com um quê de desafio. E a juventude respondeu à altura. Sim! Nós podemos! Não quero aqui, fazer nenhuma apologia à Obamania, e sim ao momento histórico  que isso gerou. Uma cidade de menos de 800.000 mil habitantes da noite para o dia se torna o lugar de confraternização para mais de 2.000.000 de pessoas que caminham para a  mesma direção: confirmar o que acreditaram, nós podemos, nós queremos, nós conseguimos.
Para não ficar muito  americanizado, gostaria de relembrar 1992, um outro líder, presidente do Brasil, também diante dos meios de comunicação, convidava os brasileiros, principalmente a juventude para que no 07 de Setembro, data da nossa independência, saíssem às ruas vestidos de verde-amarelo. Realmente saiu-se às ruas do Oiapoque ao Chuí, mas vestidos de luto e de cara pintadas gritando uma palavra inglesa até então pouco conhecida pela grande maioria dos brasileiros: “impeachment”,  “impedido”. Em 2000, um outro líder mundial convocou a Juventude para o Jubileu do nascimento de Jesus Cristo, e dizia: “não tenham medo de abraçarem a cruz” e Roma entre os seus milhares de peregrinos assistiu estarrecida uma linda invasão  de mais de 2.000.000 de jovens de todas a raças do planeta, para celebrarem o seu jubileu.
O que há de comum nestes três momentos históricos? A Juventude e o desafio.
Quando desafiada para agir a Juventude mostra a sua cara, constrói, torna-se voluntária, é generosa.
Falando do Brasil, os desafios estão por toda parte, mas nos casos acima existe um elemento que hoje está muito em falta em nosso país, Líderes de verdade. Os jovens são muito capazes, mas não são ingênuos. Não dão o sangue por mentiras, engodos, falcatruas.
 Aí  surge muita gente dizendo que a Juventude de hoje não quer nada com nada.
É claro que ela quer. A Juventude sempre quer.
Mas o que lhe está sendo oferecido?
Bento XVI no Pacaembu disse aos jovens: “se faltassem vocês o rosto de Deus estaria desfigurado”. E com certeza ficará completamente irreconhecível o rosto de Deus já tão irreconhecido não pelos jovens, mas por aqueles que deveriam liderar a juventude.
Não dá mais para agüentar gente de cabelos braços como os meus dizendo que os jovens não querem nada. Quem os educa? Quem são seus espelhos? Os que ele vêem  quando olham para frente?
Não há mais tempo a perder!
Afinal de contas, jovens, a gente pode! A gente pode quase tudo, o resto que falta o Mestre completa.
E  quem pensa que os jovens não têm uma resposta, significa que não sabe ler os sinais. O que eles são hoje é uma resposta. Uma resposta aos que se apoderaram  de tudo  e se sentem donos da verdade.
Olha sem Obanismo, mas “YES WE CAN”.
A Juventude pode!
Sempre pode.


sábado, 5 de maio de 2012

ELEIÇÕES 2012 - A CABRESTO E ESPORA

“Mudança de época”, virou moda! Em todos os discursos, não importa o tema e nem a opção, seja de quem se diz de direita, como quem se proclama de esquerda, religiosos da glória ou os  defensores de uma religião armada, todos dizem que o mundo está assim, por causa desta tal mudança de época. Seria ela um novo inimigo invisível, como aqueles amigos que se tinha na infância?
Essa tal mudança de época provoca tantas “mudanças”, mas em alguns casos a tão poderosa, se torna frágil e impotente. Como é possível que ela não consiga arrancar do meio da nossa sociedade, o marasmo do povo e a falta de escrúpulos de quem o governa? É tanta gente “orando”, bradando aos céus, fazendo as mais deprimentes penitências para pagarem seus pecados e as coisas parecem cada vez piores.
Estamos prestes a iniciar o nosso campeonato brasileiro de “caça ao voto”, alguns, que já cavalgam há muito tempo sobre o lombo deste povo “masoquista”, nem esperaram o tiro da largada, já apertaram os cabrestos, carcaram as esporas e por se considerarem acima de Deus e da lei, saíram em disparada. Outros, que poderiam ser a alternativa, se abocanham, tentando eliminar concorrentes que poderiam estragar a sua vida de lobo em pele de cordeiro.
Antes a gente se orgulhava de trocar o nosso voto por um quilo de arroz, a promessa de um lugarzinho na câmara de vereadores ou quem sabe fazer parte da multidão dos injustamente remunerados da prefeitura. Hoje, a gente se contenta em ouvir discursos inflamados, de nos emocionarmos com as lágrimas de crocodilo derramadas em palanques, e depois nos deliciarmos com a bizarrice do dinheiro na cueca, no sutiã, e achamos de uma criatividade, que supera Steven Spielberg, o momento de “louvor e glória” em agradecimento pelo dinheiro ganhado na corrupção.
Enquanto atacamos a cachoeira, o rio continua correndo caudaloso e abundantemente alargando seus leitos de corrupção na administração dos bens públicos. Enquanto no areópago da estupidez popular, os bobos das cortes se encantam com a crueldade que se  faz com os demóstenes, hospitais são sucateados, postos de saúde não funcionam, a educação caminha em queda livre para a decadência. Saem os valores morais, os crucifixos dos lugares públicos e entram as armas pesadas e nas favelas e nas periferias, ao mesmo tempo em que as drogas correm soltas nas rodas de malandragem da alta burguesia.
Entra o estado laico e sai o estado de direito. E a gente continua em contagem regressiva para o primeiro pontapé rumo às urnas, que cegas e frias recolhem os votos obrigatórios de cabresto em “laranjas”, “abacaxis” e “bananas”, frutas de quinta, que recheiam a linda cesta de  dos donos da terra, do poder e da vida do povo.
Daqui a pouco as cortinas dos meios de comunicação se abrirão para o desfile macabro de rostos conhecidíssimos e de outros que de tão feios não nos arriscaríamos a confiarmos o nosso voto a eles. Sem opção, repetimos a dose do veneno que tomamos há quatros anos, somente que agora, muito mais fortalecido, pois foi reforçado no laboratório do embrolho, do engodo e da aventura maquiavélica de legislar e governar.
O que fazer?
Aguarde os próximos capítulos. Quem sabe a gente consegue apresentar um melhor layout para as eleições 2012. Mas você pode opinar. Se você está de acordo bata palmas para este discurso, mas se você acha que ele é paranoia, goze a cântaros dando lhe uma estrondosa vaia.