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Quando uma instituição que representa ou
governa um povo, começa a premiar sem motivos mais significativos a cidadãos
distintos ou outras instituição, que também são instâncias de poder sobre este
mesmo povo, alguma coisa está errada. Em democracias não existem heróis, os
heróis se criam onde há ditaduras. Ídolos são panaceia para o mal da
ignorância. A História da Humanidade está cheia destas figuras, mas elas
surgiam quando algo podre estava acontecendo ou sendo forjado nas alcovas do
poder.
É assustador a forma como algumas
pessoas e/ou instituições se deixam manipular, cedem à massagem do ego com o óleo
da injustiça e da opressão. Enquanto alguns segmentos sociais se colocam em
rota de colisão com as manobras baratas e as estratégias maquiavélicas dos
poderosos, outros, principalmente os que deveriam ser o antídoto contra o
veneno do manipulador, se colocam a par e passo com as armadilhas.
Dá impressão de ouvir Amós gritando
desesperadamente contra pastores que ao invés de protegerem seus rebanhos, num
acesso de loucura e desejo de imagem, leva-os ao covil dos lobos, onde a
alcateia faminta e cruel, com dentes afiadíssimos se prepara para estraçalhar as
vítimas, que inocentemente seguiram seus pastores. Bem dizia com propriedade e
autoridade Jesus: “os filhos das sombras são mais espertos, que os filhos da
luz”. Realmente o são. Não dormem, porque precisam maquinar armadilhas e
arma-las na calada das noites de trevas.
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Sou muito maldoso ou há algo que não
está mesmo batendo? Estamos nas vésperas das campanhas políticas. Estranho quando
olho ao redor e vejo que ultimamente os rebanhos do Senhor passam mais tempo
nas casas de lei que nos seus próprios redis. Tudo agora gira ao redor de patrocínios
e os nomes sem nenhum disfarce aparecem estampados em tudo e por tudo. Será que
só eu vejo nisso armadilhas? Ninguém mais
está percebendo isso? Meu Deus, de repente estou ficando paranoico! Estou vendo
coisas onde outros olhos mais puros não veem.
Na lambança da premiação muito cuidado
com que vai por na boca, mas principalmente com o que sai da boca. As taças do
brinde podem estar envenenadas, os petiscos podem ser anzóis, e os canapés, ah!
Os canapés podem colar a sua língua ao céu da sua boca e nunca
mais você vai poder falar.
Encerro esta minha desconfiança citando o poema atribuído a Maiakóvski: “No primeiro dia, eles
invadem nosso jardim, e destroem nossas flores. E não dizemos nada. No segundo
dia, eles invadem nossa sala, e matam nosso cão. E não dizemos nada. E como não
dissemos nada, roubam nossa voz e arrancam nosso coração pela boca. E como não
dissemos nada, já não podemos dizer nada”.
É amigo...creio que se isso for maldade ou paranoia, estamos sofrendo do mesmo mal! 3ª feira presenciei uma situação de dar asco...em ano eleitoral, todo político-médico (ou deveria dizer médico-politiqueiro? já que VENDE a oportunidade de saúde e vida pela promessa de 1 voto na urna) oferece atendimento gratuito e quem quiser e vier! Muito nojo de tudo isso!!!
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